Oxford diz que sua vacina pode não apenas evitar a doença, mas também a propagação do vírus

Pesquisadores da Universidade de Oxford disseram que a vacina Covid-19 pode ter um efeito substancial na redução da transmissão do vírus após uma dose.

Novos dados de um ensaio clínico oferecem a primeira evidência de que a vacina contra o coronavírus, desenvolvida pela prestigiosa escola, em conjunto com o farmacêutico britânico AstraZeneca, pode não só evitar que as pessoas adoeçam com o coronavírus, mas também ajudar a reduzir substancialmente sua disseminação na comunidade.

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Pela primeira vez em um ensaio humano em grande escala, todos os participantes do estudo no Reino Unido foram examinados em intervalos regulares após receberem a primeira injeção da vacina, ao invés de apenas os participantes que desenvolveram sintomas suspeitos da doença.

Os resultados da pesquisa, publicados online na terça-feira (02/02) demonstraram uma eficácia da vacina de 76% após a primeira dose, com proteção mantida até a segunda dose. Com um intervalo entre as doses de 12 semanas ou mais, a eficácia da vacina aumentou para 82%.

A análise também mostrou o potencial da vacina para reduzir a transmissão assintomática do vírus, com base em swabs semanais obtidos de voluntários no estudo no Reino Unido. Os dados mostraram que as leituras positivas de CRP foram reduzidas em 67% após uma única dose e em 50% após o regime de duas doses, apoiando um impacto substancial na transmissão do vírus.

A principal análise de eficácia foi baseada em 17.177 participantes acumulando 332 casos sintomáticos de ensaios de fase III no Reino Unido, Brasil e África do Sul, 201 casos a mais do que o relatado anteriormente.

As vacinas têm mostrado resultados na prevenção de infecções sintomáticas, mas até agora não houve evidência de que alguma delas também previna as pessoas de transmitir a doença sem sintomas externos.

Esses portadores assintomáticos há muito são considerados um risco significativo de transmissão da doença a outras pessoas, alimentando sua disseminação entre as populações.

O secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, disse na quarta-feira (03/02) que é “uma boa notícia para todos” que a vacina parece evitar a transmissão.

A Universidade de Oxford disse que as descobertas apóiam a decisão da Grã-Bretanha de estender o intervalo entre as doses inicial e de reforço para 12 semanas.

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