Assange completa quatro anos 'detido' na embaixada do Equador em Londres
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, completou nesta semana quatro anos de reclusão na embaixada do Equador, em Londres. Para marcar a data, capitais de diversos países realizarão manifestações em apoio ao australiano e ele fará pronunciamentos via teleconferência.
Com a chamada
“Primeiro eles vieram por Assange…”, os atos estão programados ao longo de toda
a semana em Madri, Nova York, Quito, Atenas, Buenos Aires, Belgrado, Berlin,
Bruxelas, Milão, Montevidéu, Nápoles, Paris e Sarajevo.
Diversas
personalidades internacionais anunciaram que participarão das atividades, entre
elas o linguista Noam Chomsky; o filósofo Slavoj Zizek; o ex-ministro de
Finanças da Grécia Yanis Varoufakis; os músicos Brian Eno, Patti Smith, PJ
Harvey; o prêmio Nobel argentino Adolfo Pérez Esquivel; o artista e ativista
chinês Ai Weiwei; a desenhista Vivienne Westwood e os diretores Michael Moore e
Ken Loach.
Desde 2010 Assange é
perseguido pela Suécia. Para evitar uma extradição a este país, onde é acusado
de crimes sexuais, o ativista está refugiado na sede diplomática do país
sul-americano que lhe concedeu asilo político.
Assange teme ser
extraditado para a Suécia porque considera que a acusação de assédio sexual é
um pretexto para enviá-lo aos Estados Unidos, onde é acusado por ter revelado
milhares de documentos secretos deste país, e onde pode ser condenado à prisão
perpétua pelo crime de espionagem.
Apesar de a ONU
já ter se manifestado em defesa de Assange, o Reino Unido mantém a
disposição de prendê-lo tão logo o ativista deixe a embaixada equatoriana. Isso
porque o Ministério Público sueco emitiu uma solicitação de detenção europeia e
a renovou em maio deste ano.